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O Caderno Rosa De Lori Lamby ~UPD~


Essas são as epígrafes que abrem O caderno rosa de Lori Lamby, um dos títulos que compõe a trilogia erótica (ou obscena) de Hilda Hilst. Escrito em forma de diário, o livro conta as experiências sexuais de uma garota de oito anos, Lori Lamby, que vende seu corpo por causa dos pais. O choque da premissa salta aos olhos, mas, apesar do impacto inicial que a pedofilia provoca, o livro vai além. Tece fortes críticas ao mercado editorial, apresenta as frustrações e a força linguística de Hilda e brinca até mesmo com a obscenidade nos olhos do leitor por meio do desfecho desse personagem-narrador.




O Caderno Rosa de Lori Lamby



No caso de O caderno rosa de Lori Lamby, as frustrações que Hilda sentiu ao longo da vida ficam pungentes na figura do pai de Lori Lamby, um escritor que não consegue ganhar dinheiro, apesar de ser considerado genial. Ao longo do livro, vemos o pai ficar cada vez mais desesperado ao ser obrigado pelo editor Lalau a escrever orgias, já que vendem, ao invés da literatura que corria em suas veias e era um fracasso. A derrota do personagem em sua busca da metafísica é a derrota de Hilda Hilst, que sofre com a falta de leitores e com a incapacidade de elevá-los e, por isso, entrega-se ao desenvolvimento da literatura obscena.


No livro de H. Hilst, composto pelo Caderno Rosa e o Caderno Negro (Hilda Hilst, 1990, O caderno rosa de Lori Lamby), temos a escrita de uma menina de oito anos, Lori, filha de um escritor, que diante da incapacidade deste em escrever um livro pornográfico, tomou para si tal faina, criando, então, uma narrativa onde a confluência entre o pueril e o pornográfico não encontraram limites, apenas visam ao gozo da escrita.


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